O basquete feminino enfrenta uma série de desafios que são complexos e envolvem aspectos culturais, estruturais e econômicos.
O esporte recebe historicamente menos investimento financeiro que o masculino, afetando desde a qualidade das infraestruturas para treinos e jogos até os salários e condições de trabalho das atletas e equipes técnicas. Essa falta de investimento também resulta em menor visibilidade, o que reduz o interesse de patrocinadores e perpetua um ciclo de escassos recursos.
A cobertura da mídia é limitada, dificultando a construção de uma base de fãs sólida e afetando negativamente os patrocínios e o desenvolvimento do esporte. Muitas equipes lutam com acesso inadequado a instalações de treinamento, recursos como treinadores qualificados, equipamentos modernos e apoio médico e fisioterápico. Além disso, muitas jovens talentosas no Brasil não têm acesso a programas de treinamento de qualidade ou competições juvenis estruturadas, limitando o desenvolvimento técnico e tático desde cedo.
O esporte no Brasil é frequentemente visto através de uma perspectiva masculina, e os esportes femininos lutam para ganhar reconhecimento e respeito. Ineficiências e corrupção em organizações esportivas podem desviar recursos essenciais, e a falta de políticas claras e apoio consistente para o esporte feminino são barreiras significativas. Além disso, a competição com outros esportes, principalmente o futebol, que domina a cena esportiva no Brasil, faz com que o basquete feminino muitas vezes fique em segundo plano.
Esses desafios exigem uma abordagem coordenada entre governo, confederações esportivas, patrocinadores e a mídia para criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento do basquete feminino no Brasil. A melhoria desse cenário passa por uma mudança cultural ampla, maior igualdade de gênero no esporte e investimentos estratégicos no longo prazo.