Há exatos 25 anos, o basquete feminino brasileiro subia ao pódio dos Jogos Olímpicos de Sydney 2000, trazendo para casa uma medalha de bronze inesquecível. Era 30 de setembro daquele ano quando a Seleção, comandada por Antônio Carlos Barbosa, venceu a Coreia do Sul por 84 a 73, em uma partida que ficou marcada pela entrega, união e talento de um grupo que escreveu seu nome na história.
A conquista não veio fácil. Na primeira fase, o Brasil venceu Eslováquia (76 x 60) e Senegal (82 x 48), mas foi superado por França (70 x 73), Austrália (70 x 81) e Canadá (60 x 61). Nas quartas de final, após uma conversa decisiva entre as jogadoras, o time reagiu e derrotou a Rússia por 68 a 67, em um dos jogos mais emocionantes da campanha. A derrota para a Austrália (52 x 64) na semifinal não abalou o grupo, que reencontrou sua melhor versão para conquistar o bronze diante das sul-coreanas.
“Depois de tantos anos, ainda consigo lembrar da festa que fizemos para comemorar dentro da Vila Olímpica. Foi a minha segunda medalha olímpica e uma lembrança eterna. Estávamos muito felizes”, recordou Janeth, cestinha da equipe com 164 pontos (média de 20,5 por partida).
O elenco mesclava juventude e experiência. Estreavam em Olimpíadas Adrianinha, Claudinha, Lilian e Kelly, enquanto Alessandra, Marta, Cíntia, Silvinha Luz, Janeth, Adriana Santos e Helen Luz traziam a bagagem da prata conquistada em Atlanta 1996.
O técnico Antônio Carlos Barbosa também relembrou o extenso planejamento que antecedeu a campanha. “Entre 1999 e 2000 jogamos cerca de 50 amistosos internacionais. Foram meses de muito trabalho, com torneios em diversos países. Tudo isso nos preparou para chegar em Sydney prontos para competir em alto nível”, afirmou.
Para Janeth, aquele bronze simbolizou mais do que uma medalha: “Éramos uma geração em renovação, muito unida. Brincávamos, dividíamos o mesmo espaço, mas também conversávamos sobre o que queríamos alcançar. Aquela medalha representou muito para o nosso basquete.”
Campanha do Brasil em Sydney 2000
Brasil 76 x 60 Eslováquia
Brasil 70 x 81 Austrália
Brasil 82 x 48 Senegal
Brasil 70 x 73 França (63 x 63 no tempo normal)
Brasil 60 x 61 Canadá
Brasil 68 x 67 Rússia
Brasil 52 x 64 Austrália
Brasil 84 x 73 Coreia do Sul (65 x 65 no tempo normal)
Uma geração que inspirou e abriu caminho para tantas outras. O bronze de Sydney permanece como uma lembrança viva da força e da história do basquete feminino brasileiro.
Fonte: Assessoria CBB