O sonho de jogar basquete nasce cedo — muitas vezes na escola, num campinho do bairro ou assistindo à Seleção Brasileira pela TV.
Mas, para grande parte das meninas, transformar essa vontade em prática ainda é um desafio.
Faltam espaços, incentivo e estrutura. Em muitas cidades, não há equipes femininas de base, e quando há, o número de vagas é reduzido. Nas escolas, o esporte ainda é tratado como atividade secundária, e o basquete, em especial, acaba sendo mais ofertado aos meninos.
Além da limitação estrutural, o preconceito ainda pesa. Há quem acredite que o basquete não é “esporte de menina”, uma ideia ultrapassada que infelizmente ainda ecoa em alguns contextos sociais. Isso afasta jovens talentos antes mesmo que possam experimentar o prazer de jogar.
Mas há boas notícias. Projetos sociais, clubes independentes e iniciativas regionais vêm abrindo portas para que mais meninas joguem — e sonhem. O fortalecimento de ligas escolares e torneios locais também tem ajudado a criar novas referências.
Quando uma menina segura uma bola de basquete pela primeira vez, ela não está apenas praticando um esporte — está ocupando um espaço que, historicamente, lhe foi negado.
E é nesse gesto que começa a transformação.