Em tudo, o sucesso depende de uma preparação prévia. Confúcio dizia que sem tal preparação o fracasso é certo,
Em tudo, o sucesso depende de uma preparação prévia. Confúcio dizia que sem tal preparação o fracasso é certo.
Guy Peixoto, ex-atleta da Seleção Brasileira, assumiu em março de 2017, a Confederação Brasileira de Basquetebol, uma instituição importante do esporte nacional, porém com um legado cruel de corrupção e dívidas deixadas pela gestão anterior.
Guy é conhecido pelos colegas e funcionários, como um homem de bom coração, boa vontade, muita determinação e profundo conhecimento de gestão administrativa. O basquetebol, afirma Guy, foi sua maior escola na construção de um trabalho de equipe, nas relações humanas e no reconhecimento de habilidades para a criação de estratégias de sucesso.
O atual presidente da Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB) é paraense, estado tradicional na representatividade do basquetebol nacional. Foi lá que ele começou a jogar, aos nove anos, no Clube do Remo para perder peso e, aos poucos, foi se apaixonando e tornou-se o melhor jogador do norte do Brasil. Ainda jogando pelo Remo, Guy cresceu no basquete e foi convocado para a Seleção Brasileira juvenil, quando venceu o título Sul-Americano. O resultado e o bom rendimento lhe deram a chance de jogar o Mundial da categoria em 1979, quando se sagrou vice-campeão mundial na final contra os Estados Unidos.
A visibilidade seleção juvenil lhe deu a oportunidade de ser contratado pelo Clube Monte Líbano e, finalmente, ser convocado para a Seleção Brasileira, categoria adulto. Guy esteve em convocações anteriores aos Jogos Olímpicos de Los Angeles, mas acabou fora da lista final, acabando afastado do sonho olímpico. Sem perder o entusiasmo, continuou jogando pelo Clube Monte Líbano, mas, já com reticências extra quadra, se aposentou de seus jumps a cesta aos 24 anos.
A saída do basquete permitiu a Guy se descobrir como administrador, o que lhe deu uma situação financeira confortável a ponto de fazer dele um patrocinador do clube em que começou a jogar. Logo ampliou sua generosidade. Reformou a quadra do Remo, onde começou no basquete, e depois fez o mesmo ao ajudar o Paysandu ao lado de empresários amigos, pois Guy corretamente entendia que para haver campeonato eram necessários, no mínimo, dois times: Remo e Paysandu. E mais, para aumentar a experiência dos jogadores e diversificar a atuação em quadra, chegou a ajudar atletas e técnicos com viagens de intercâmbio aos Estados Unidos participar de cursos e treinos, ajudando o basquete do Brasil com conhecimento e bagagem dentro e fora de quadra.
Há muitos anos nas mãos de uma mesma gestão, a CBB na primeira década dos anos 2000 apresentava sinais de desgaste e descaso. Procurado, Guy apoiou novas candidaturas e se viu enganado. Não enxergando alternativas, decidiu ouvir seus companheiros de jornada e aceitou se candidatar a presidente da instituição.
Guy Peixoto, primeiro ex-atleta eleito presidente da CBB assumiu em março de 2017. Para vencer o desafio se cercou de pessoas genuinamente interessadas em tirar o basquete do poço fundo em que havia caído: 40 milhões em dividas, 400.000 reais em salários, 40 funcionários com salários atrasados, 8 anos de desmandos e problemas na prestação de contas aos patrocinadores, totalmente sem dinheiro, sem patrocínio e suspensa pela FIBA.
Ao ver a tragédia anunciada em que tinha se metido, o novo presidente repetiu o gesto do jogador: olhou a quadra, onde estavam seus parceiros, armou a jogada e colocou a bola em jogo, agora como administrador. Trouxe para a CBB a gerente de recursos humanos de sua própria empresa, seu gerente financeiro e começou a reestruturação da instituição.
De 40 funcionários, hoje a CBB opera com 13, com salários em dia. E o presidente abriu mão dos seus vencimentos, doados para a própria CBB.
Em três anos:
Foram pagos e negociados 30 milhões em dívidas;
Foi revisto e editado um dos estatutos mais modernos de todas as confederações com igualdade de direitos e salários para o masculino e feminino;
Foi criada uma cláusula que assegura extensão do direito de votos aos atletas;
Foram oferecidos dezenas de cursos online a técnicos, dirigentes e administradores;
Foram criados reforço para as equipes de base e programas para liderar um movimento autossustentável para equipes e clubes.
Ainda há muito o que se fazer, garante Guy Peixoto, porém o mais importante foi conquistado: a transparência para atrair patrocinadores e desenvolver um trabalho digno da qualidade do basquete brasileiro.
Para a próxima temporada, Guy Peixoto se candidatou junto com Magic Paula para uma reeleição. Estamos torcendo!
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