Salve as mulheres à cesta, às redes, às pistas, às piscinas, aos autódromos, ao Jockey Clubes e aonde mais estiverem! O lugar de todas nós é aonde quisermos estar!
Há quem pense que este dia é apenas uma invenção, mas a história nos esclarece e prova a sua construção pelas mãos femininas de um dia que
tem sido comemorado desde o início dos anos 1900 – uma época de grande expansão e turbulência no mundo industrializado que viu o crescimento populacional e o surgimento de ideologias radicais.
A idealizadora de um dia único em todos os países, para celebrar a mulher, foi Clara Zetkin (líder do ‘Gabinete da Mulher’ para o Partido Social Democrata na Alemanha, em 1910, durante a I Conferência Internacional da Mulher. Unir-se para reivindicar direitos, protestar contra as condições insalubres de trabalho e salários melhores andavam lado a lado com a necessidade de conquistar espaços e oportunidades que somente estavam disponíveis aos homens.
Desde então, este movimento só se intensifica e com episódios tristes de perseguição e ignorância, conquistas e retrocesso. Inúmeras iniciativas, grupos e parcerias de representação são criadas todos os dias no mundo inteiro, ao mesmo tempo em que estratégias de retrocesso e banimento da participação nascem da completa falta de consciência e valorização do papel feminino.
Na história do esporte, por exemplo, em 1900, em um evento que foi criado para ser dos homens, os Jogos Olímpicos, traz pela primeira vez 22 mulheres (2.2% do número total de atletas)competindo em 95 eventos dos jogos. Hélène de Pourtalès, da Suíça, se tornou a primeira mulher a competir nos Jogos Olímpicos e a primeira mulher campeã olímpica, como membro da equipe vencedora na primeira prova de vela de 1 a 2 toneladas em 22 de maio de 1900.
A primeira brasileira a participar dos Jogos Olímpicos foi Maria Lenk em 1932, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles e, a partir daí, a história das mulheres brasileiras no esporte olímpico tomou um novo rumo.
Esportes como o basquetebol, criado em 1891 e aprovado para participar dos Jogos Olímpicos na sua versão masculina em 1936 – Berlin, somente vê a modalidade na sua versão feminina 40 anos depois, em 1976 nas Olimpíadas realizadas em Montreal, Canadá.
Em 1965, a Seleção Brasileira de Basquetebol Feminino junto com a Seleção Tcheca colocam a modalidade nos Jogos Olímpicos como um evento feminino. Nenhuma destas jogadoras, no entanto, puderam participar como atleta na estréia do evento, em 1976, no Canadá.
Nos Jogos Olímpicos de 2016, 5.059 atletas mulheres competem em mais de 300 eventos dos jogos. Porém, com ingressos 33% mais baratos que dos eventos masculinos e salários que chegam a ser 76% menores e com apenas 4% de cobertura da mídia durante todo o evento.
A participação feminina demorou 104 anos para chegar a ser 40% do total de atletas. Segundo um levantamento do Fórum Econômico Mundial, a desigualdade de gêneros só será superada em 2095, ou seja, daqui a 76 anos.
Marcado anualmente em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher é um dos dias mais importantes do ano para celebrar as conquistas femininas e aumentar a conscientização sobre a igualdade das mulheres.
O tema da campanha para o Dia Internacional da Mulher de 2021 é ‘Escolha o Desafio’. Um mundo desafiado é um mundo alerta. E do desafio vem da mudança. #ChooseToChallenge.
O desafio em solo brasileiro é o fortalecimento das campanhas criadas, a consolidação da sororidade no esporte, na educação, na academia, no trabalho, nas amizades. A união feminina sempre foi ameaçada e destruída porque nela reside o poder mais forte. Feliz dia 8, um infinito de possibilidades!
#levanteaboladelas
#inequalityballs
#meninasnoesporte
#changethegame