Quando pensamos em basquete, é impossível não pensarmos no nome de Hortência.
A rainha do basquete, é a maior cestinha da seleção feminina de basquete, com 3.160 pontos. Sua trajetória é marcada por recordes, como os 121 pontos marcados em uma única partida em 1991, e uma média de mais de 25 pontos ao longo da carreira.
Recebeu diversas honrarias, como a entrada nos Hall da Fama do basquete feminino e geral, além de ser escolhida como a melhor jogadora da história em Mundiais pela FIBA, em 2018. Foi também incluída no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil e homenageada com um selo dos Correios.
Sua técnica e personalidade, incluindo a característica respiração antes de cobrar lances livres, a tornaram uma figura icônica no esporte brasileiro.
Hortência de Fátima Marcari nasceu em 23 de setembro de 1959, em Potirendaba, São Paulo. Desde a infância a atleta praticava diversos esportes como atletismo, handebol e futsal.
Durante esse período, uma professora de Educação Física percebeu seu potencial para o basquete e incentivou a jogadora a se dedicar ao esporte. Assim começou uma trajetória brilhante.
O primeiro clube pelo qual Hortência jogou foi o São Caetano Esporte Clube, em São Paulo. Logo, a jogadora começou a se destacar na equipe, o que fez com que, aos 16 anos, recebesse sua primeira convocação para a Seleção Brasileira.
Em 1978, fez parte da equipe que conquistou o Campeonato Sul-Americano disputado na Bolívia. Essa foi sua primeira conquista pela Seleção.
Hortência, ao lado de nomes como Magic Paula, foi parte da geração mais vitoriosa do basquete feminino nacional.
Em 1991, foi mais uma vez campeã, dessa vez nos Jogos Pan-Americanos de Havana, momento no qual, após vencer a equipe cubana, as jogadoras brasileiras foram reverenciadas por Fidel Castro.
Três anos após essa vitória, a atleta chegou ao seu melhor momento, durante a brilhante campanha do Brasil no mundial de 1994, na Austrália. Esse campeonato histórico para o basquete nacional, que completa 30 anos, foi marcado por momentos memoráveis.
Além de a equipe brasileira ser campeã invicta, Hortência foi a cestinha da competição. Essa foi a primeira vez que a Seleção Brasileira de Basquete Feminino ganhava um campeonato mundial, feito que até hoje é lembrado e celebrado pelas novas gerações de atletas.
Mesmo após décadas de sua aposentadoria das quadras, o nome de Hortência ainda reverbera com força no mundo do basquete e inspirando jovens atletas no meio esportivo.