Quando viu aquela a criança magrinha, com todos os indícios de que não tinha uma alimentação adequada, a professora Marlene Bento deve ter pensado muita coisa. Mas logo se lembrou dela própria quando jovenzinha.
ROBERTO SALIM
COLABORAÇÃO PARA O UOL, EM SÃO PAULO
Então, se aproximou daquela magrela e perguntou se não queria treinar com as outras meninas ali na escolinha de basquete em São Caetano do Sul. A pequena disse que gostaria, mas não tinha tênis, condição primeira para poder entrar na quadra. Sabe-se lá por que, a professora resolveu abrir uma exceção.
Pula a cerca e vem pra quadra”.
Foi uma das medidas mais acertadas que Marlene tomou na vida: em pouco tempo, aquela menina de sandálias já fazia o que as outras levavam meses de treino para executar em uma quadra de basquete. O ânimo foi tanto que a própria Marlene levou um par de tênis para presentear a pequena. Eram número 39. A menina calçava 36 e encheu a ponta com papel amassado.
Aquela menina era Hortência.
Continue lendo