No Brasil, apesar de existirem leis que proíbem a discriminação contra mulheres no trabalho, o preconceito ainda se manifesta no meio esportivo pela exclusão e opressão simbólica quando uma atleta anuncia sua gravidez. Ainda hoje, muitas temem perder patrocínios ou serem dispensadas de suas equipes após o período de licença maternidade.
Além disso, esportistas que optam por serem mães, enfrentam jornadas exaustivas tanto no trabalho, quanto em suas vidas pessoais. A paternidade, por outro lado, é um tema pouquíssimo discutido no esporte, já que raramente homens são questionados ou entrevistados a respeito dos desafios de serem pais e atletas, enquanto mulheres são constantemente chamadas para falar a respeito do tema, como se o fato de serem mães ofuscasse suas carreiras e capacidade de se desenvolverem. Reacender essa discussão é uma forma de explicitar a necessidade de termos mais políticas de igualdade dentro do esporte.
É fundamental que os meios de comunicação também trabalhem para criar um cenário mais igualitário, lembrando ao público que a maternidade não é o único tema na vida de uma mulher que decide ser mãe, mas sim um tema de foro íntimo, que está relacionado a uma escolha muito pessoal e não deveria ser encarado como algo incapacitante e excludente.