Muito mais do que uma data comemorativa, o Dia Internacional da Mulher nos propõe uma importante de reflexão sobre os direitos que conquistamos ao longo dos anos.

Ainda hoje, muitas mulheres têm seus espaços relegados e chegam a sofrer agressões físicas e verbais por simplesmente não seguirem um padrão tido como ideal.

No esporte, não é diferente. Apesar do aumento da presença feminina no meio esportivo, seja como atletas profissionais, seja em comissões técnicas e em cargos de liderança, ainda temos muito para conquistar.

Em 2024, muitas atletas profissionais ainda precisam fazer jornada-dupla de trabalho para manter suas carreiras no esporte. A falta de incentivo, os salários baixos e a dificuldade de se obter patrocínio é um dos principais desafios.

Além disso, a cobrança também é maior sobre as mulheres, o que as leva a um desgaste emocional e mental muito mais intenso para obter bons resultados. Somada a essa equação, há também a vida pessoal, que muitas vezes fica em segundo plano, o que pode causar estresse e sentimentos de solidão.

No Brasil, esse cenário se mostra ainda mais desafiador. Além da falta de incentivo financeiro para equipes femininas, o machismo estrutural torna esse caminho ainda mais tortuoso.

Muitas vezes, as atletas precisam ter mais de um emprego para ter condições de comprar itens básicos de treinos. Embora o amor pelo esporte seja o combustível que impulsiona muitas jogadoras, é importante que tenhamos mais políticas públicas que garantam condições dignas dentro e fora de quadra, o que inclui: equipamento adequado para treinos e preparação física, acompanhamento psicológico para as jogadoras, maior cobertura da mídia sobre as competições femininas e, acima de tudo, respeito à todas as mulheres que dedicam suas vidas ao esporte.

Nesse dia tão importante para a luta das mulheres por direitos, não podemos deixar de homenagear todas as mulheres que lutam por respeito em qualquer área vida.

Feliz Dia Internacional da Mulher