A Seleção Brasileira feminina Sub-17 concluiu sua participação no Campeonato Sul-Americano da categoria com a quarta colocação geral, após uma campanha marcada por empenho, evolução e muita entrega em quadra.
No último jogo da competição, realizado neste domingo (26), em Assunção, o Brasil enfrentou as donas da casa na disputa pelo terceiro lugar e acabou superado pelo Paraguai por 49 a 43.
Apesar do revés, a equipe mostrou força e competitividade ao longo da partida. O Brasil dominou o primeiro tempo, mantendo vantagem de 32 a 27 e chegando a abrir dez pontos no terceiro quarto. No entanto, as paraguaias reagiram e viraram o placar no período final.
Entre os destaques da partida estiveram Lauryn Turibio, com 14 pontos, Julia Preis, com 13 pontos, e Pietra Casotti, que distribuiu seis assistências.
Campanha marcada por superação e aprendizad
A trajetória brasileira no torneio começou com vitória sobre a Bolívia (69 x 56) e foi seguida por confrontos intensos contra Argentina (57 x 67), Uruguai (74 x 49) e Equador (62 x 33), garantindo a vaga na semifinal.
Na fase decisiva, o Brasil foi superado pela Venezuela (52 x 67) e encerrou a disputa com o jogo equilibrado contra o Paraguai, consolidando o quarto lugar.
Mais do que os resultados, o desempenho da equipe mostrou a evolução das jovens atletas brasileiras, que enfrentaram adversárias de diferentes estilos e acumularam experiência fundamental para o futuro da modalidade.
Formação e oportunidade: o verdadeiro legado do torneio
O Sul-Americano Sub-17 reuniu nove seleções nacionais e teve papel essencial no desenvolvimento das categorias de base do continente.
Além de oferecer experiência internacional às jogadoras, a competição serviu como classificatória para a FIBA AmeriCup Sub-18 de 2026, torneio que reunirá as principais promessas das Américas.
As três melhores equipes garantiram vaga na competição continental, reforçando a importância da disputa e o valor de cada partida.
Jovens talentos e comissão dedicada
O grupo brasileiro foi formado por 12 atletas, com nomes que já começam a despontar como promessas do basquete feminino nacional. Entre elas, jogadoras que atuam tanto no Brasil quanto no exterior, como Alanna Fabrini (EUA), Micaela Cavalcanti (EUA) e Sara Dagba (EUA).
A equipe foi comandada pela treinadora Ana Diniz, com apoio de uma comissão técnica multidisciplinar que inclui profissionais das áreas de preparação física, fisioterapia, nutrição e psicologia, coordenada por Leonardo Figueiró.
O futuro do basquete feminino brasileiro passa por ela
Mesmo sem a vaga para a AmeriCup Sub-18, o saldo da competição é positivo e inspirador. O desempenho da equipe mostrou o potencial da nova geração, que segue enfrentando desafios estruturais, mas mantém viva a paixão pela bola laranja e o compromisso com o crescimento do basquete feminino no país.
O trabalho de base é o alicerce para o futuro, e cada partida jogada, cada cesta marcada e cada aprendizado conquistado aproxima o Brasil de um novo ciclo de conquistas.
Essas meninas mostraram que talento e dedicação não faltam — e que o basquete feminino brasileiro tem um futuro promissor pela frente.