Mas, ao lado delas — e depois delas — outras jogadoras também foram fundamentais para transformar o jogo, mudar estilos, abrir caminhos e manter o Brasil competitivo em diferentes gerações. São atletas que impactaram a forma de jogar, influenciaram táticas e serviram de referência para quem veio depois.
Uma delas é Alessandra Santos, pivô dominante que redefiniu o papel da jogadora alta na seleção. Forte, veloz e com leitura de jogo muito acima da média, ela levou o Brasil a medalhas históricas nos anos 1990 e 2000. Alessandra mostrou que uma pivô não precisava ser apenas presença física, mas também inteligência tática — e isso influenciou diretamente a formação das pivôs brasileiras da década seguinte.
Outra peça revolucionária foi Adrianinha, uma das armadoras mais completas que o Brasil já teve. Visionária, criativa e resistente, ela atravessou gerações e ajudou a manter a Seleção competitiva mesmo em períodos difíceis. Adrianinha mudou a percepção sobre o papel da armadora moderna: mais agressiva, mais pontuadora e líder emocional dentro de quadra. Muitas atletas da posição, como Tainá Paixão e Débora Costa, citam seu impacto.
Falando em força ofensiva, Palmira Marçal também merece destaque. Com arremesso preciso e mentalidade de decisão, ela trouxe ao basquete brasileiro um estilo mais americano, agressivo e vertical. Palmira elevou a importância da ala pontuadora, aquela que muda jogos e desafia defesas inteiras. Sua carreira marcou tanto clubes quanto seleção.
Já Érika de Souza foi uma das maiores pivôs do mundo e uma gigante da WNBA. Sua carreira internacional abriu portas para outras brasileiras e, mais ainda, mostrou ao mundo a força física e técnica do Brasil no garrafão. Érika influenciou toda uma geração de jovens pivôs, inclusive Kamilla Cardoso, que já declarou que cresceu assistindo à sua trajetória.
Também vale lembrar de Iziane Castro, uma jogadora única: explosiva, versátil, veloz e com leitura ofensiva muito rara. Iziane ajudou a modernizar o estilo brasileiro, trazendo mais agressividade e volume de jogo. Seu impacto foi técnico, mas também cultural — ela mudou a imagem da ala moderna.
Essas atletas não apenas venceram jogos.
Transformaram posições, inspiraram estilos e mantiveram vivo o basquete feminino brasileiro em fases de transição.
O esporte que vemos hoje — mais rápido, mais físico e mais versátil — carrega a marca de cada uma delas.
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