Seja nos jogos da NBA ou nas disputas em quadras de rua, a trilha musical é sempre a mesma. É até difícil imaginar um jogo de basquete sem o Hip Hop.
O Hip Hop surgiu no início da década de 70, por meio de movimentos culturais em comunidades de origem latina, africana e caribenha da cidade de Nova York. A alta taxa de violência urbana e a grande desigualdade social motivaram os jovens a protestarem nas ruas. As letras eram cantadas em tom de protesto.
Ao mesmo tempo, o basquete fazia parte da realidade desses jovens, que passaram a dividir espaço com a música, a pintura e a dança.
Inclusão social
O Hip Hop e o basquete são sinônimos também de inclusão e transformação social. Um dos grandes personagens que teve a vida transformada pelo basquete é LeBron James, um dos maiores jogadores de todos os tempos.
Em Florianópolis, o R.U.A, que é composto por um grupo de amigos que se reúne para jogar basquete, usa o esporte e a música como instrumentos de transformação social. O nome do grupo tem um significado duplo: além da referência ao basquete de rua, a sigla também representa respeito, união e atitude, valores que regem a organização.
“O basquete me fez entender o sentido de união, de coletivo, a importância de trabalhar em equipe”, destaca Jean Piana Ramos, de 41 anos, que é um dos líderes do Grupo R.U.A.
Jean também destaca a importância do esporte e da música na comunidade em que está inserido, o Monte Cristo – considerado o berço do Hip Hop de Florianópolis.
“O basquete salva vidas. O esporte tem função de promover inclusão social nas comunidades, e quando as crianças são inseridas no esporte e na cultura, se afastam de caminhos tortuosos, como o tráfico e a violência. Posso afirmar que muitas vidas foram salvas através do esporte na quadra do Monte Cristo, que também é um dos berços do Hip Hop”, finaliza.
Fonte: Federação Catarinense de Basketball