Cleonice Maria Alvez Gonzalez, nascida em Assis, teve seu primeiro contato com competições na infância.
Ela é um dos grandes exemplos de que a paixão e a dedicação pelo esporte podem gerar frutos que vão muito além dos títulos e conquistas em competições.
Apoiada pelos pais, iniciou sua jornada esportiva na 5ª série, com a professora Coraly, que a introduziu no atletismo e basquete. Participou de campeonatos escolares e, encaminhada por Coraly, ingressou em clubes como o Clube Recreativo e o Assis Tênis Clube. Seus pais, muitas vezes, patrocinavam suas viagens e, em pouco tempo, toda a família passou a exercer funções na preparação dos campeonatos que Cleonice participava.
Em 1967, foi convocada para a seleção paulista juvenil. Depois, foi convocada para a seleção paulista adulta. Assim começava uma carreira de dedicação ao esporte.
Aos 18 anos, mudou-se para Bauru, para cursar a faculdade de Educação Física e jogar pelo Luso-Brasileiro. Nessa época, recebeu a primeira convocação para a Seleção Brasileira. Essa convocação visava escolher as jogadoras que iriam integrar a equipe que disputaria o VI Mundial Feminino de Basquetebol. Entre as 40 jogadoras convocadas, apenas 12 seriam escolhidas para representar a Seleção. Cleonice, então, se afastou por alguns meses da faculdade para dedicar-se inteiramente a essa oportunidade.
Considerada uma atleta alta para época, com 1,73 cm, a pivô contou com a orientação de jogadoras mais experientes durante essa empreitada. Suas mestras em quadra foram Maria Helena, Jaci e Marlene, o que a ajudou a permanecer na seleção durante todo o campeonato, mesmo diante das constantes ameaças de cortes. Embora Cleonice fosse tida como uma das “promessas”, ela sabia que dificilmente entraria em quadra durante o campeonato. Entretanto, isso não a impediu de comemorar com toda a equipe quando Brasil venceu o Japão.
Depois do VI Mundial Feminino de Basquetebol, continuou jogando por Bauru, disputou o Campeonato Sul-Americano em 1972, no Peru, e pode participar ativamente dos jogos. Ainda em 1972, graduou-se em Educação Física. Em 1973, casou-se e continuou jogando basquete até 1978.
Para Cleonice, o esporte forma cidadãos responsáveis e preparados para vida, independente de serem atletas de alto nível ou não. Essa paixão faz parte de sua vida até hoje. Além de plantar essa semente entre seus alunos, Cleonice também semeou o amor pelo esporte entre suas filhas e seu filho, que também se dedicam às atividades esportivas.