Maria Paula Gonçalves da Silva, nasceu em Oswaldo Cruz, no interior de São Paulo. E parece que desde o seu nascimento, Paula tinha como missão jogar basquete.
A ex-jogadora nasceu pelas mãos de um médico apaixonado pela bola laranja. Com uma família que sempre a apoiou, a atleta foi apaixonada por esportes desde criança. No entanto, sua vida mudou quando descobriu o basquete.
Quando tinha apenas 10 anos, tentou entrar para o time do club de sua cidade, porém, para o treinador da equipe, ela era jovem demais para jogar. Paula não desistiu e aí já demonstrava um de seus principais traços: a determinação para alcançar seus objetivos.
Com a ajuda da irmã mais velha, que também jogava no time, ela conseguiu convencer o treinador a deixá-la jogar e, logo que entrou em quadra, deixou todos espantados, afinal, aquela garota jogava muito melhor que as veteranas. Foi assim que Magic Paula, nome icônico do basquete, iniciou sua trajetória.
Dai em diante, a atleta passou por alguns times no interior de São Paulo, sempre com o apoio e incentivo da família para que ela pudesse estudar e jogar. Com apenas 14 anos, foi convocada para a seleção adulta.
Juarez Araújo, jornalista esportivo, encantado pelo estilo da jogadora, apelidou-a de Magic Paula, durante uma partida da Seleção Brasileira contra a Bulgária, em 1983, no Ibirapuera.
Em 1991, ao lado de Hortência, Paula conquista a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, em Havana. Também ao lado de Hortência, conquista o Mundial 1994, derrotando os Estados Unidos, na semifinal, por 110 a 107, e a China na final, por 96 a 87. Essa foi a primeira vez que o basquete nacional era campeão do mundo. Um feito que não só marcou uma geração, mas que até hoje incentiva jovens atletas do basquete.
Paula se despede da seleção em grande estilo, conquistando prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. A ex-jogadora ainda permaneceu nas quadras por mais algum tempo, atuando pelo BCN-OSASCO.
Após se aposentar, Paula continuou no esporte como gestora, fundando o Instituto Passe de Mágica em 2004. Em reconhecimento à sua carreira, ela foi incluída no Hall da Fama do Basquete Feminino em 2006 e na FIBA em 2013.