O basquete feminino brasileiro traz uma história de muitas vitórias desde a primeira seleção convocada em 1946.
O basquete feminino brasileiro traz uma história de muitas vitórias desde a primeira seleção convocada em 1946. Especialmente em participações em mundiais. A conquista do título mundial em 1994 e a medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta em 1996 provou que é essencial uma estratégia de longo prazo para se obter resultados de sucesso.
Investimento em Categorias de Base
O desenvolvimento de novos talentos começa nas categorias de base. É fundamental que haja programas robustos de treinamento para jovens atletas em todo o país, com suporte técnico, infraestrutura e competições de qualidade. A criação de centros de excelência, onde jovens promessas possam treinar em alto nível, ajudaria a fortalecer o futuro do basquete feminino, como foi criado e implementado por Heleninha e Maria Helena Cardoso quando foram técnicas da seleção brasileira de 1986 a 1992.
Apoio Financeiro e Patrocínios
O basquete feminino precisa de mais visibilidade e apoio financeiro. Parcerias com patrocinadores, empresas e até o governo são essenciais para dar sustentabilidade ao esporte, tanto nas ligas nacionais quanto nas seleções. Incentivos financeiros ajudam a atrair e manter talentos, além de proporcionar melhores condições de treino e criar mais competições que envolvam participações internacionais.
Fortalecimento da Liga Nacional
Uma liga nacional forte é crucial para o crescimento do basquete feminino. Investir na Liga de Basquete Feminino (LBF), garantindo maior visibilidade, transmissões de jogos, salários competitivos e infraestrutura adequada, atrairia mais jogadoras e elevaria o nível da competição. Uma liga bem estruturada também se tornaria um ponto de referência para atletas internacionais.
Qualificação de Técnicos e Profissionais
O basquete feminino precisa de técnicos e profissionais bem preparados. A capacitação contínua de técnicos, preparadores físicos e demais membros das comissões técnicas é vital para que as jogadoras recebam treinamentos de alto nível, desde a base até a elite.
Experiência Internacional
Envolver as jogadoras brasileiras em ligas internacionais, especialmente nos Estados Unidos e Europa, onde o nível de competição é muito alto, contribuiria para a evolução técnica e tática das atletas. O intercâmbio de jogadoras, técnicos e o acompanhamento de modelos de gestão de países com basquete feminino de sucesso são caminhos para trazer novas ideias ao Brasil.
Foco no Basquete 3×3 e Outras Modalidades
O crescimento do basquete 3×3, que já se tornou olímpico, é uma oportunidade de diversificar as modalidades e proporcionar novas conquistas para o basquete feminino brasileiro. Incentivar o 3×3 pode gerar maior exposição e mais oportunidades para jogadoras de diferentes perfis.
Incentivo ao Esporte nas Escolas
Um forte incentivo ao basquete nas escolas pode ser um grande catalisador para a descoberta de talentos. Programas de incentivo ao esporte nas escolas públicas e privadas, com foco especial no basquete feminino, ajudariam a popularizar a modalidade desde cedo e crescer na futura atleta o desejo de representar o brasil nas quadras.
Visibilidade e Mídia
É necessário um esforço para dar mais visibilidade ao basquete feminino. A mídia tem um papel fundamental para popularizar a modalidade e atrair o interesse do público e patrocinadores. Cobertura regular dos campeonatos e campanhas que exaltem as conquistas e histórias das jogadoras são importantes para a valorização do esporte.
Com uma abordagem integrada envolvendo investimentos em base, infraestrutura, apoio à liga nacional, qualificação profissional e mais visibilidade, o basquete feminino brasileiro pode trilhar o caminho de volta ao topo do cenário mundial.
A união entre setor público, privado e a sociedade pode trazer o impulso necessário para retomar o protagonismo que o Brasil já teve no esporte