Introdução
Analisando o contexto histórico do basquetebol, nota-se que é um esporte relativamente novo, com pouco mais de 100 anos de existência, sendo cada dia que passa altamente difundido tanto no gênero masculino como no feminino. Seu crescimento é acompanhando com a exigência cada vez mais pela busca de resultados e também com uma exigência cada vez maior nas estruturas do jogo e consequetemente uma busca incessante de treinadores e equipes com novas maneiras para se alcançar o êxito na performance. Logo, para se conseguir tal êxito é necessário que nos treinamentos e competições tenha-se o aperfeiçoamento das valências físicas e do desempenho motor. Assim, a melhoria nos métodos de treinamento tornou-se uma forte aliada no desenvolvimento do Basquetebol atual. Portanto esta revisão tem por objetivo, além de mostrar o histórico do basquetebol feminino, importância das características cineantropométricas e das valências físicas utilizadas, esclarecer os tipos de preparações físicas que vem sendo utilizadas esclarecer os testes que são específicos no basquetebol e os que são aplicáveis à modalidade.
Histórico do Basquetebol Feminino
Antes de se adentrar ao basquetebol feminino propriamente dito é importante comentar a respeito do papel da mulher na sociedade e é no final do século XIX e início do século XX, que se observam as posições de destaque e importância que a mulher assume em várias áreas distintas. Temos como exemplos Nísia Floresta considerada a primeira feminista brasileira, tendo apenas 22 anos de idade para lidar com o preconceito da época e submissão por parte da classe masculina e Joana Paula Manso, que fundou e dirigiu o primeiro jornal feminino. Na área do esporte temos as irmãs Lenk, campeãs na travessia de São Paulo a nado, e Zilda Ulbrich que fez parte da primeira seleção brasileira de basquetebol e junto com a equipe conquistou vários títulos importantes (GUEDES, 2009: 11).
Diante dos aspectos mencionados, para Knijnik (2003: 25) a participação da mulher no esporte foi uma das diversas lutas pela emancipação feminina, pois tinham que lidar com os preconceitos da época. Estes preconceitos eram baseados em argumentos amedrontadores,a masculinização que o esporte poderia causar, alegando que a mulher deixava de ser feminina pelo simples ato do esforço físico, podendo ocasionar o aparecimento de pêlos e músculos masculinos. Outro argumento era de que o esporte poderia enlouquecer a mulher, sendo considerado um sexo frágil, não conseguiriam manter o equilíbrio diante de uma derrota ou vitória (GUEDES, 2009: 12; PFISTER, 2004: 3). Portanto é notório o crescimento das mulheres nos dias atuais, mostrando-se cada vez mais presentes nos campos sociais e o esporte sendo um meio impulsionador para sua liberação.